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Integrante da banda Titãs acaba de lançar duas canções do seu quinto trabalho independente
“Epifania” e “Tradição” abrem o quinto trabalho solo do compositor, cantor e instrumentista, Sérgio Britto, integrante da banda Titãs. Lançados no último dia 6, os singles foram os primeiros de 12 que serão apresentados em duo a cada três meses, em uma estratégia que lembra os compactos, dos anos 50 e 60, com lado A e lado B.
— Tenho observado que com as plataformas digitais essa audição por partes, digamos assim, funciona melhor. As pessoas acabam dando mais atenção a música que você lança. Acho que é tudo que eu desejo, que as pessoas ouça com atenção aquilo que eu faço – diz Britto.
As 12 músicas são de autoria do músico e serão lançadas pela gravadora Midas e Rick Bonadio com quem Sérgio trabalhou várias vezes. “Epifania”, canção inédita ganhou clipe gravado e dirigido por Britto, com a participação dos filhos.
— A solução que encontrei para o clipe foi extremamente adequada para a música. Ele veste muito bem a canção. E foi um clipe que eu fiz na minha casa no Litoral Norte de São Paulo, na época que estávamos com regras mais restritas. A praia estava vazia e a natureza tomou conta daquele cenário todo. Usei a minha família e a mim mesmo. Filmei tudo com muito cuidado. Meu filho também me ajudou, ele estuda publicidade, foi bacana. Foi um clipe que me agradou muito apesar das circunstâncias e das limitações que a pandemia impôs.
Já o single “Tradição”, gravado anteriormente por Elza Soares no álbum “Planeta Fome”, ganhou ingredientes de samba tanto na melodia quanto na parte harmônica.
— Eu achei que também era uma música que eu gostaria de gravar, porque ela fez do jeito dela e eu como autor tenho minha visão de como ela deveria soar, qual deveria ser o arranjo. Então como eu gosto da música, resolvi fazer a minha versão — conta o artista sobre a regravação.
O trabalho solo de Britto transita na música pop com elementos da bossa nova e MPB, e segue paralelamente a sua entrega de quase quatro décadas ao Titãs, sendo um escape para sonoridades que não caberiam a uma banda de rock.
— Eu gosto de ter as duas coisas, mesmo sabendo que me dá mais trabalho. Mesmo sabendo que a minha carreira solo fica em segundo plano. É algo que tento equilibrar, mas o Titãs é uma banda grande e acaba ocupando um espaço maior do que eu imagino. Mas tenho me cobrado para dar mais espaço para esse meu lado solo, porque é algo que me satisfaz muito e que é uma expressão importante da minha personalidade como artistas.