Em entrevista, Djavan comenta sobre o conceito do novo álbum e a turnê que vem a Santa Catarina

01.07.2019 | 15h20 - Atualizada em: 03.08.2020 | 12h21
Por Leonardo de Abreu
Repórter
Foto do cantor Djavan

BLOG

Mundo Itapema

O show traz seis músicas do novo disco e clássicos de todas as épocas

Dois anos depois de apresentar em Santa Catarina o álbum Vidas Pra Contar, Djavan, um dos mais importantes representantes da música popular brasileira, retorna ao Estado para promover seu mais recente trabalho de estúdio, Vesúvio, lançado em novembro de 2018. O cantor sobe no palco da Arena Petry, em São José, no dia 6 de julho, no auge da turnê nacional de uma obra que se propõe ser um respiro pop e alto astral em meio a um momento de incertezas no país e no mundo. Em entrevista exclusiva à Itapema, o artista falou sobre a nova turnê, além do conceito da nova era e sua pegada mais pop.

Foto: divulgação

Itapema: Quais são as inspirações e as temáticas por trás de 'Vesúvio', o disco da turnê que agora você traz a Santa Catarina?

Djavan: O álbum envolve relacionamento humano, amor, política, problemas sociais; tudo que estamos vivendo nessa época.

Itapema: Quais são as diferenças entre esse álbum e o anterior, 'Vidas Pra Contar'? De onde veio o conceito da capa, que é tão impactante visualmente?

Djavan: Três anos se passaram, isso é uma grande diferença! A gente busca, como sempre, a diversidade musical e temática - também procuramos falar sobre assuntos que estão sendo exigidos no momento. Eu me pintei para fazer as fotos do álbum, na verdade; o foco era criar uma analogia ao vulcão: a lava seca e a viva [representadas nas cores dourado e preto].

Itapema: Como rolou a parceria com o Jorge Drexler em 'Esplendor' (versão em espanhol de 'Meu Romance')? Por que essa versão em espanhol, e por que  com ele, especificamente?

Djavan: Como a música se trata de um bolero espanhol, eu tive a ideia de fazer uma versão na mesma língua para cantar no mundo latino. Chamei o Drexler porque sempre o considerei um grande compositor; foi uma oportunidade de nos aproximarmos. Gosto do trabalho dele.

Itapema: Como é o show que será apresentado aqui em Santa Catarina? Por que está sendo dito que ele tem uma "levada pop"?

Djavan: Sem dúvidas é um roteiro dinâmico, que proporciona uma grande interação entre palco e plateia. É um show que envolve seis músicas do disco novo e clássicos de todas as épocas - incluindo músicas que ainda não foram tão expostas em apresentações ao vivo. O pop está presente como sempre esteve, portanto o show tem uma pegada nesse estilo. Ele tem as nuances de todos os ritmos e informações musicais que sempre abordei na minha obra.

Itapema: O que você achou do disco 'Jah-Van', que saiu em dezembro, com músicas suas em versão reggae e ska? Você teve envolvimento na produção do projeto?

Djavan: Gostei dessa atmosfera diferente de reggae; as músicas se adequaram bem e as interpretações são muito interessantes! Não tive nenhum envolvimento no projeto, fui apenas comunicado e questionado a respeito de alguma oposição.

Itapema: Quais são os seus próximos projetos?

Djavan: O principal projeto do momento é a turnê, que vai se estender até junho de 2020. Já estou pensando em outras coisas, mas ainda não posso adiantar nada.

Itapema: E, para finalizar: em uma entrevista concedida há alguns anos para a rádio, você disse que não se imagina aposentado e que quem é músico nunca para realmente de fazer música. Essa ideia ainda se mantém?

Djavan: Sim, a música é minha vida. Não penso em aposentadoria de jeito nenhum; faço meu trabalho com muita alegria e acho que vai ser assim até o fim. Meu ritmo é bastante acelerado, posso explicar ele como um ciclo de três anos: na primeira metade fico em turnê - viajando o mundo inteiro -; e na outra metade componho canções, escrevo as letras, faço os arranjos, toco, canto, tudo! Ou seja, nunca paro de trabalhar.

Matérias Relacionadas