Iron Maiden lança álbum sem saber quando deve voltar aos palcos

30.08.2021 | 17h50 - Atualizada em: 31.08.2021 | 10h26
Por Folhapress
O último álbum da banda foi lançado há cerca de seis anos

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Let It Rock

O novo disco será lançado nesta sexta-feira (3) e possui dez faixas

Iron Maiden vai lançar um novo álbum nesta sexta-feira (3). Intitulado como "Senjutsu", o disco impõe aos fãs que concentrem suas atenções apenas no áudio das dez faixas. A banda, porém, não sabe quando entrará em uma nova turnê.

"Não sabemos ainda como será a retomada das turnês", conta o guitarrista Adrian Smith, em entrevisa à imprensa brasileira sobre o novo álbum. "Começamos a gravar o disco na França, ainda em 2019. Tivemos que adiar o lançamento, mas agora as músicas vão estar aí para todos ouvirem."

O último álbum da banda em estúdio foi há seis anos - "The Book of Souls". Para Smith, a hora certa de gravar é aquela em que você está com boas canções.

Algumas canções de "Senjutsu" vão ser difíceis de ser reproduzidas ao vivo, segundo o artista. Três delas ultrapassam os dez minutos de duração. Além de Smith, Dave Murray e Janick Gers empunham guitarras e colaboram habitualmente nas parcerias das músicas, embora o baixista Steve Harris, dono da banda desde a sua fundação, e o vocalista Bruce Dickinson sejam os principais compositores. O baterista Nicko McBrain completa o time atual.

Smith e Harris escreveram juntos mais três faixas do disco: "Days of Future Past", "Senjutsu" e "Darkest Hour". Ele diz também gostar muito de "Stratego", escrita por Harris e Gers.

Há muitas músicas no novo disco com potencial para ganhar espaço no panteão da banda. Falando sobre o legado de Iron Maiden, voltando seu olhar a todos os álbuns, Smith não enxerga nenhum deles com críticas severas. "Às vezes você tem uma música aqui ou ali que não foi realmente um acerto, mas todos os discos me parecem valiosos a cada época, cada um de modo próprio", comenta.

Além de arrastar o processo de pós-produção do disco, a pandemia cria o enigma para a nova turnê. Em tempos normais, um cenário medieval japonês seria aposta forte para o visual nos shows. A incerteza é prejudicial à banda, que dedica muito tempo para a parte criativa e a logística de suas megaturnês. Smith diz que realmente não consegue adiantar nada sobre os próximos passos e lamenta que a vida profissional e pessoal de todos os integrantes continue regida pelos protocolos de saúde.

"Continuamos amigos, mas é natural que, de alguns anos para cá, a gente se encontre menos. A família de cada um vai crescendo, isso exige mais tempo. Mas, quando nos encontramos, o entusiasmo é o mesmo. Somos como irmãos que não precisam se ver sempre para continuar ligados. Enquanto acreditarmos que podemos fazer uma música nova e boa, estaremos juntos."

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