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Atores participaram de painel na CCXP, em São Paulo, onde foram recebidos aos gritos dos fãs, que também fizeram coro de "Bella Ciao", música que os personagens cantam na série
O elenco de La Casa de Papel participou no último domingo (8) do painel da Netflix na CCXP (Comic Con Experience 2019), em São Paulo, mas mal conseguiu falar. Pedro Alonso (Berlim), Alba Flores (Nairóbi), Darko Peric (Helsinque), Rodrigo de la Serna (Palermo) e Esther Acebo (Mônica) foram recebidos, no início da tarde, aos gritos dos fãs, que também fizeram coro de Bella Ciao, música que os personagens cantam na série.
Diversos figurinistas entraram pelo meio do público, vestidos com o tradicional macacão vermelho e a máscara de Salvador Dalí, antes que os verdadeiros atores subissem ao palco.
"Amo vocês Brasil, muito obrigado", agradeceu Alba Flores, que interpreta Nairóbi, uma das personagens favoritas do público. ""Não sabia que uma série de televisão poderia chegar a tanta gente e receber tanto carinho." "Irmãozinhos, é uma sensação absolutamente espetacular, sentir toda essa corrente de afeto", disse Alonso. "Eu ainda não acredito."
Durante o painel, foi apresentado com exclusividade uma cena da quarta parte da série, em que Professor aparece fugindo dos policiais e acaba se deparando com um boi. "Se Berlim estivesse vivo, teria muito mais samba", brincou Alonso.
Também foi divulgada a data de lançamento da quarta parte: 3 de abril de 2020. Sobre o futuro da série, Peric disse apenas que espera que Helsinque "escape dessa". "O grupo está bastante ferido e terá que se reestruturar para resolver seus problemas, como qualquer família", acrescentou Flores.
La Serna, o novato do seriado, disse que "a terceira parte terminou em uma situação muito delicada, e vamos focar em salvar a vida de Nairóbi e tentar sobreviver. É isso que se passará na quarta parte". "Os roteiristas vão contra a expectativa do público", disse Flores. "Quem ama Nairóbi vai sofrer." Ela ainda afirmou que acredita que sua personagem é querida por representar uma classe desfavorecida e se entregar para a comunidade. "Isso é uma coisa admirável."
Peric falou ainda sobre a importância de Helsinque se assumir gay, e que seu primeiro amor foi o personagem Arturito. "Creio que esta quarta parte terá bastante conflito, pois seu coração está dividido em dois (Palermo e Nairóbi)", afirmou. Já La Serna afirmou que Palermo tem dificuldades em se assumir e se conectar com as pessoas, e por isso ele não é um bom líder.
A atriz também falou sobre o feminismo e sua personagem, que ela descreve como "uma mulher que se atreveu a mudar". "Ela está lutando para ter seu lugar", diz. "O professor não estará mais no comando. Nós mulheres fazemos coisas, e é muito legal ver as personagens fazendo isso, e não apenas acompanhando os homens."
La Casa de Papel chegou às telas no Natal de 2017 com um grupo de assaltantes invadindo a Casa da Moeda espanhola e imprimindo bilhões de euros com a intenção de roubá-los. Na mais recente temporada, a primeira produzida pela Netflix, os anti-heróis estão ricos e preparam um novo crime comandado pelo Professor Berlin (Pedro Alonso). O alvo é o Banco da Espanha.
A renovação para a quarta parte se deu em junho. A série, que levou o prêmio Emmy Internacional de melhor drama em 2018, foi inicialmente transmitida pela rede espanhola Antena 3, até que no final de 2017 a Netflix adquiriu seus direitos e ela se tornou a série não anglófona mais vista na plataforma americana.
La Casa de Papel é febre no Brasil. No evento de cultura geek, é comum esbarrar com grupos de pessoas vestidas com macacões vermelhos e máscaras de Salvador Dalí, uma espécie de uniforme do grupo de criminosos da ficção.
*por GaúchaZH