Pensando Sobre Games: 35 anos de "The Legend of Zelda"

25.02.2021 | 11h07
Por Joana Caldas
Repórter do G1/SC e editora do blog Pensando Sobre Games
The Legend of Zelda

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Uma das séries mais importantes da Nintendo e do mundo dos videogames faz aniversário

Em 21 de fevereiro de 1986, aconteceu uma coisa muito legal no planeta Terra: foi lançado, no Japão, o primeiro jogo da série The Legend of Zelda, que completou 35 anos em 2021. Dá para dizer que é um sucesso. A cada lançamento de um título principal da série, é um rebuliço no mundo gamer. Um dos criadores é o lendário designer de jogos Shigeru Miyamoto, que quis colocar em um game a sensação agradável de se explorar um lugar desconhecido e encontrar lagos, cavernas e outras surpresas.

The Legend of Zelda/Reprodução

The Legend of Zelda se tornou minha série favorita dos videogames. Meu primeiro contato com ela foi através de revistas, já que, nos tempos dos consoles 16-bit, nenhum dos meus amigos tinha The Legend of Zelda: A Link to the Past, do Super Nintendo.

Nas revistas, era só hype: como trazer o tal Zelda 64 para o mundo 3D? A expectativa era imensa, mas a Nintendo superou todas as que eu tinha. Ocarina of Time foi lançado em novembro de 1998 para o Nintendo 64. A Joana de 12 anos não sabia inglês o suficiente, mas sabia quando um game era bom.

Por isso, para navegar pelo mundo de Hyrule, eu usei uma revista como guia. O que os outros personagens dizem ao Link é muito importante para você saber o que deve fazer e para onde ir, então você precisa ter mesmo um bom conhecimento de inglês.

Tive experiências inesquecíveis com Ocarina of Time. Depois que você sai da primeira área, a Floresta Kokiri, vai para o campo de Hyrule. E ele é imenso. Ou era, para a época. Veja que os mundos que existiam no Super Mario 64, por exemplo, eram muitos grandes para 1996, mas eles não eram conectados como as áreas de Hyrule. Daquele momento em diante, vi que um videogame podia ser muito mais do que eu achava antes.

E a música de Gerudo Valley então? A primeira música de um game que eu ouvi e pensei que poderia tocar no “mundo real”, com sua inspiração espanhola.

Joana Caldas

Depois de Ocarina of Time e Majora’s Mask, outro jogaço do Nintendo 64, decidi que sempre teria o videogame que tem The Legend of Zelda e nunca mais deixei de ter nenhum console de mesa da Nintendo, fizesse ele sucesso ou não. Costumava brincar, quando era mais jovem, que existe Zelda e os games que você joga enquanto espera o próximo Zelda.

A cada título da série, algo mudava e trazia uma nova mecânica interessante. Entretanto, Breath of the Wild, que saiu em 2017, revigorou o que vinha sendo feito até então. Confesso que no início não gostei muito, queria a fórmula consagrada de Ocarina of Time, de falar com as pessoas, ir a um templo, pegar um item e usá-lo para derrotar o chefe. Porém, agora Breath of the Wild é meu título favorito da série e o meu jogo preferido. É só você se deixar levar pela proposta dele.

Eu tenho a mesma idade que The Legend of Zelda e já sou muito velhinha para ficar na hype do próximo jogo da série. Simplesmente recebo tudo de braços abertos, porque andar por Hyrule sempre foi um grande prazer pra mim, que sou uma jogadora cuja principal diversão é explorar um mundo virtual. Gosto mais do que o combate ou mesmo os puzzles. Feliz aniversário para esta série que tantas inovações trouxe para o mundo dos videogames. Vida longa a The Legend of Zelda e que esta jornalista que vos escreve possa ainda passear por muitas versões de Hyrule.

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