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Quais são as suas memórias favoritas de feiras que trazem os jogos que vamos jogar no futuro?
Estive pensando esses dias qual minha primeira lembrança de uma E3 ou alguma outra feira internacional de videogames. É incrível como esses eventos ficam na nossa memória porque nos fazem sonhar com o futuro e bolar jogos feitos exatamente para o nosso gosto a partir de um mero trailer ou de fotos.
Em agosto, teve a Gamescom. Ela não me impressionou muito, mas esse tipo de evento sempre pode trazer um sorriso no rosto e um quentinho no coração pelo que está por vir.
Atualmente, já sou bem mais desconfiada. Sei que os jogos atrasam, ainda mais na pandemia, e que eles podem ser lançados cheios de bugs ou com partes faltando. Mas as conferências fazem parte do calendário do jogador que se atualiza e a gente continua gostando de acompanhar.
Separei algumas memórias minhas, para que você possa pensar nas suas. Já aviso que, por grande parte da minha vida, tinha um console só, então minhas lembranças vão ser mais sobre eles.
A Space World era uma feira da Nintendo que não existe mais, infelizmente. Nela, a empresa costumava apresentar coisas bombásticas. Em uma delas, mostrou um vídeo de uma luta entre o herói Link e o vilão Ganondorf, de The Legend of Zelda. Os gráficos eram incríveis e os jogadores todos imaginaram que o primeiro jogo da série para o ainda não lançado console Gamecube seria assim.
Lembra da sua cara quando viu os gráficos do The Legend of Zelda Wind Waker pela primeira vez? Se você estava esperando algo parecido com a apresentação da Space World, deve ter ficado chocado. Eu fiz uma careta do tamanho do mundo. Mas atualmente gosto muito deste jogo, principalmente da trilha sonora. Contudo, sou do time que acha que Zelda sempre deveria ter gráficos na linha do Ocarina of Time, do Nintendo 64. Também não sou fã da aparência do Zelda Breath of the Wild.
Uau, como eu fiquei feliz com essa apresentação! Após o estrondoso sucesso do Wii, o próximo videogame da Nintendo com certeza ia arrasar! O apresentador Reggie Fils-Aimé, que já saiu da gigante japonesa, mostrou o novo console. E ele ia ter um montão de suporte de jogos de outras empresas e ia continuar o grande reinado da Nintendo no mundo dos videogames. Ironicamente, a minha principal memória dessa apresentação é do jogo Aliens: Colonial Marines, que não só não saiu para o Wii U como não é um game muito bom, segundo as análises. Mas eu estava muito otimista e adoro a franquia Alien (ou melhor, os dois primeiros filmes).
E todos sabemos que o Wii U não fez sucesso. Foi o videogame de mesa que vendeu menos em toda a história da Nintendo: 13,56 milhões, de acordo com a própria empresa. Como curiosidade, o Switch já vendeu 89,04 milhões de unidades e o Wii, 101,63 milhões.
Com a Nintendo passando sufoco com o Wii U, só faltava a Microsoft deixar a peteca cair para o Playstation 4 ser o grande vencedor da geração passada. E foi exatamente o que aconteceu. Em uma apresentação absolutamente desastrosa, a enorme empresa norte-americana mostrou um videogame cheio de elementos muito questionáveis, como uma obrigação de deixar o aparelho sempre ligado à internet e a impossibilidade de jogar games usados.
A Sony até lançou um vídeo zoando com isso, em que o presidente da empresa na época, Shuhei Yoshida, simplesmente entrega um game do Playstation 4 em disco para o vice-presidente, Adam Boyes, enquanto diz “é assim que você empresta jogos no PS4”.
As conferências para mim já perderam um pouco do charme. Às vezes, já acho que são muitos jogos mostrados ao mesmo tempo, muita informação para processar e a gente tem pouco tempo para ver tudo. Mas, quando a gente encontra um jogo que captura a nossa imaginação e ficamos esperando conferência após conferência até ele ser lançado, é bom demais. E cria mais uma memória querida de tudo isso.