Santana explora sons africanos no 25° álbum de estúdio

"Africa Speaks" foi produzido por ninguém menos que Rick Rubin durante uma sessão de 10 dias em Malibu, Califórnia. Os músicos se reuniram no Shangri La Studios, e gravaram 49 músicas, muitas delas de uma só vez. O elemento inusitado do processo criativo de "Africa Speaks" veio através da parceria com a cantora espanhola Buika, cujos vocais celestiais lançaram um feitiço mágico ao longo do álbum.

A cantora e compositora Buika é celebrada pela fusão de flamenco, jazz e rock, com ritmos africanos e afro-caribenhos. Ela ganhou um Grammy Latino em 2010 pelo álbum “El ÚltimoTrago”, uma colaboração com o pianista cubano Chucho Valdés. Carlos Santana a convidou por telefone para trabalhar no álbum que ele estava fazendo.

Buika esperava fazer uma participação, talvez em uma ou duas faixas, ao lado de outros músicos especialmente convidados para gravações que poderiam gerar sucessos pop, nos moldes de "Supernatural", disco que vendeu mais de 15 milhões de cópias. Para sua surpresa o conceito era diferente. Em vez disso, ela se tornou a cantora e co-produtora de todas as músicas de “Africa Speaks”. 

O álbum está entre os mais ferozes trabalhos da carreira de 50 anos de Santana. Ele não tem como objetivo faixas atraentes ou prontas para o rádio, como “Supernatural”, que contou com a colaboração de Rob Thomas no mega hit “Smooth”. Ele é baseado em sessões intermináveis ao vivo no estúdio que podem surpreender até mesmo o mais 'hard core' admirador ou fã do genial guitarrista. Um trabalho visceral que evoca a africanidade de um jeito criativo e arrebatador.