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A decisão de postergar o lançamento por causa dos protestos #BlackLiveMatters não foi solitária
Em meio a onda de protestos e manifestações contra o racismo nos Estados Unidos e mundo a fora, o lançamento dos novos títulos do console de videogames da Sony, PlayStation 5, que aconteceria nesta quinta (4), foi adiado. "Não é o momento de comemorar lançamentos. Agora, principalmente, devemos permitir que vozes mais importantes sejam ouvidas", publicou a conta oficial do PlayStation no Twitter nesta segunda-feira (1º), que recebeu uma chuva de apoio dos internautas e empresas concorrentes de videogame.
A decisão de postergar o lançamento por causa dos protestos #BlackLiveMatters, em português "vidas negras importam", não foi solitária. A EA Sports estava programada para anunciar formalmente o Madden NFL 21 na segunda (1º), também mudou os planos em decorrência aos recentes acontecimentos. A morte brutal em praça pública de George Floyd, um homem negro norte-americano, no último 25 de maio em Minneapolis, provocou protestos em ao menos 70 cidades dos EUA. Ele foi morto por "asfixia mecânica", causada pelo policial Derek Chauvin, que se ajoelhou em seu pescoço e permaneceu por cerca de sete minutos.
Explicando a decisão em suas redes sociais a Sony afirmou: "Embora entendamos que os jogadores de todo o mundo estão empolgados em ver os jogos do PS5, não sentimos que agora é um momento de comemoração e, por enquanto, queremos recuar e permitir que vozes mais importantes sejam ouvidas." Já a EA Sports disse em um comunicado no Twitter que deseja manter a comunidade afro-americana longe de ameaças. "Nossa atenção imediata está nas ações que podemos tomar para impulsionar a mudança contra o tratamento injusto e o viés sistêmico. atormentando a nação e o nosso mundo."
O Google também resolveu adiar o lançamento da nova versão do sistema operacional para smartphones Android, que aconteceria amanhã, quarta-feira (2). "Não é o momento de comemorar", afirmou o gigante da Internet no site de desenvolvedores do Android. Várias outras empresas fabricantes de jogos e tecnologia responderam aos protestos contra o racismo. A Riot Games, desenvolvedores de League of Legends e Valorant, também divulgou um comunicado, assim como o estúdio Naughty Dog e o Marvel Entertainment.