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De 2010 a 2019, espectadores brasileiros ganharam a oferta de quatro plataformas
Os últimos 10 anos foram marcados pela ascensão do streaming, que dominou as principais produções de séries no período. De 2010 a 2019, os espectadores brasileiros ganharam a oferta de quatro plataformas diferentes, que competem entre si não só em busca de assinantes, mas também em qualidade e diversidade de seus seriados. Ao mesmo tempo, canais pagos tiveram que se reinventar para acompanhar a consolidação do novo formato.
Fizemos uma seleção de momentos marcantes desses últimos 10 anos que transformaram o streaming em referência para exibição de séries no Brasil. Confira:
A Netflix começou a operar timidamente no Brasil em 5 de setembro de 2011, a um custo de R$ 15 reais por mês. Na época, o serviço foi apresentado como uma "locadora virtual", na qual filmes e séries poderiam ser escolhidos e assistidos a qualquer momento.
Na estreia, a plataforma ainda não oferecia produções originais, que acabaram ganhando força ao longo da década. As primeiras séries exclusivas - House of Cards e Orange Is The New Black - estrearam em 2013 com recordes de audiência, atraindo mais assinantes ao serviço de streaming.
Ao longo dos anos, a Netflix foi ampliando seu catálogo, passando por produções em parceria com a Marvel, investindo em séries brasileiras, como 3% e Samantha!, até chegar ao seriado de fantasia The Witcher, a grande estreia de 2019 na plataforma.
Vendo que sua principal concorrente, a Netflix, estava investindo em produções próprias, a Amazon Prime Video resolveu entrar na disputa com Transparent, série de 2014 que inovou ao trazer para o papel principal uma personagem trans e conquistou diversos prêmios.
No Brasil, o Prime Video começou a ser disponibilizado em 2016. Para atrair mais seguidores, a Amazon apostou em um elenco hollywoodiano para suas produções: Julia Roberts, Anne Hathaway e Andy García são alguns dos nomes que já apareceram em séries originais do serviço.
Em 2019, o seriado Fleabag e Phoebe Waller-Bridge, sua criadora, levaram o nome da Amazon para as premiações, como o Emmy e o Globo de Ouro. Ao mesmo tempo, o serviço começou a investir em séries baseadas em histórias em quadrinhos com a estreia de The Boys.
A ascensão do streaming no Brasil fez com que a TV Globo também apostasse no formato. Em 2015, foi lançado o Globoplay, permitindo que seus assinantes assistam a novelas e programas da emissora sem estar, necessariamente, na frente da televisão durante a exibição das atrações.
A plataforma ficou mais popular entre 2018 e 2019, com a chegada em seu catálogo da série norte-americana The Good Doctor, de forma exclusiva, e também com diversas produções originais e brasileiras, que levaram para o streaming atores já conhecidos do público por conta das novelas. Entre as séries que fizeram sucesso no Globoplay neste ano estão a quarta temporada de Sessão de Terapia, um dos seriados mais vistos no serviço, e Aruanas, que chamou a atenção ao focar na proteção da Amazônia.
Para não ficar atrás da concorrência, canais de TV fechada também decidiram investir no serviço, desafiando o modelo de TV por assinatura. Com o HBO Go, os fãs de Game of Thrones assistiam aos episódios da série ao mesmo tempo em que eles eram exibidos no canal, mas com facilidades que o streaming proporciona, como a pausa dos episódios e a facilidade de vê-los em qualquer momento e lugar.
Entre os mais badalados está o Fox Play, plataforma sob demanda inaugurada pela Fox. Assim como o HBO Go, o serviço pode ser contratado diretamente pelo site ou aplicativo - não há obrigação de ser assinante do canal de TV por assinatura para ter acesso aos conteúdos.
Em 1º de novembro de 2019, os serviços de streaming ganharam mais um concorrente: a Apple TV+. A plataforma de séries e filmes da empresa chegou ao Brasil a um custo de R$ 9,90 e permitindo o compartilhamento com até seis pessoas.
A estreia também veio recheada de produções originais em seu catálogo, como The Morning Show, série com Jennifer Aniston. Apesar de ainda não ter emplacado no país, lá fora o serviço é bem avaliado pelo público e pela crítica.
O Disney+, streaming da Disney, deve estrear em novembro de 2020 no Brasil e promete agitar o mercado. Por enquanto, o serviço é limitado aos Estados Unidos, Holanda e Canadá.
A nova plataforma chega com força por conta de seu catálogo de peso: o Disney+ passará a ser a casa de produções das marcas da Disney, como Marvel Studios e Pixar. O serviço também planeja conteúdos originais, como séries do Universo Cinematográfico da Marvel e do universo de Star Wars, a produção High School Musical: a Série, o seriado Encore!, protagonizado por Kristen Bell, e o live-action de A Dama e o Vagabundo.
Quando chegar ao Brasil, a plataforma disponibilizará mais de 600 produções, com materiais desde a década de 1930 até lançamentos recentes do cinema. Agora é só esperar 2020 e o início da nova década para ver.
*por GaúchaZH